Nesta manhã, o cupido descupidou-me.
Me deu um beijo e foi embora.
Para bem longe, foi agora.
É o que espero para hoje.
Amanhã, na aurora,
mais tarde, quem sabe foi-se,
a deixar-me nessa hora
a cortar-lhe com machado ou foice.
Sem duras penas, sem demora.
Suas asas já não voam.
O que não se pode ter
não se espera mundo afora.
(Tutty Freitas 30/07/2024)