sábado, 28 de novembro de 2020

In-pulsos (ou amores líquidos)

O coração pulsou e disse:

-Te amo!

O cérebro então o correspondeu:

-Estou em êxtase!

O coração, em contra-partida acelerou-se:

-Tum-tum, tum-tum...

O cérebro, já desconfiado liberou as endorfinas.

Passados poucos minutos, o coração angustiado bradou:

-Fica comigo esta noite?

O cérebro - que controla tudo - disse: não!

Isto foi apenas uma noite, um impulso

E o coração, já perdido pela

decodificação das emoções

o deixou (o amor) partir.

E assim, o cérebro aliviado gritou:

-Tchau!


[Tutty Freitas 19/04/2020]

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